Mulher com deficiência acusa Casacor de discriminação

A advogada Nathalia Blagevitch afirma que a Casacor a expulsou da mostra no último final de semana, após ela reclamar da falta de acessibilidade do espaço

Uma mulher com deficiência, a advogada Nathalia Blagevitch, de 30 anos, afirmou que foi expulsa da mostra de arquitetura e decoração da Casacor em São Paulo no último final de semana após reclamar da falta de acessibilidade do local e pedir o dinheiro da entrada de volta. Nathalia tem paralisia cerebral e estava em cadeira de rodas motorizada. Sem conseguir ver nem um terço da exposição, a advogada chegou a perguntar se alguém da organização poderia carregá-la para acessar os demais andares da mostra, que era realizada em um anexo do Allianz Parque, na zona oeste de São Paulo. A opção foi negada e ela não teve o dinheiro devolvido. “Dos seis a sete andares da mostra, eu só consegui visitar um. Eu acabei comprando minha entrada de R$ 50, uma para mim e uma para o meu acompanhante”. Em nota, a Casacor disse que repudia qualquer ato discriminatório e que ministra treinamento aos funcionários, bem como aos seus terceirizados, enfatizando sempre os protocolos internos de conduta e responsabilidade no trato com os visitantes. O texto diz ainda que, em nenhum momento, a visitante foi expulsa do local. Mas Nathalia confronta: “Na versão que eles estão apresentando, que eles deram um pedido de retratação, fala que a bombeira me conduziu e que se dispôs a ir comigo até o carro. Não houve essa disposição. Ela só me conduziu para fora da mostra”. Ainda em nota, a organização afirma que a Casacor é uma mostra 100% acessível e o procedimento é adotado desde 2016. No entanto, a advogada rebate e diz que já teve outro problemas desse tipo com a organização: “O que me revolta é que a Casacor se diz uma mostra acessível, que desde 2016 se preocupam com isso, eu já tive problema na Casacor, na edição do Jockey. Também era só degrau, sem acessibilidade. Já tive problema em evento no Allianz”. Segundo a advogada, a falta de acessibilidade é comum em feiras e eventos, mas os espaços costumam sempre tentar contornar o problema e ela nunca havia sido colocada para fora.


Fonte: Jovem Pan

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