A União Internacional para a Conservação da Natureza alertou neste sábado, 4, que 39 mil de 138 mil espécies animais estão ameaçadas de extinção. Isso equivale a 41% de espécies de anfíbios; 33% dos corais de recifes; 34% das coníferas, espécies em sua maioria de árvores; 26% das espécies de mamíferos; 37% das espécies de tubarões e de raias; e 14% das espécies de aves. Um dos destaques é para os dragões de Komodo, o maior lagarto vivo do mundo e considerado patrimônio mundial. A classificação do lagarto passou de vulnerável a ameaçado. A espécie é endêmica da Indonésia. Por causa das mudanças climáticas, o aumento do nível do mar deverá reduzir o habitat adequado do dragão de Komodo em pelo menos 30% nos próximos 45 anos. A lista também destaca as espécies marinhas, alertando que 37% dos tubarões e raias catalogados no mundo estão ameaçados de extinção. Além disso, a pesca excessiva ameaça quase dois em cada cinco tubarões de extinção.
As mudanças climáticas também são apontadas como um agravo para a perda e degradação do habitat marinho. Por outro lado, o documento reavaliou as sete espécies de atum mais pescadas comercialmente e concluiu que quatro delas mostraram sinais de recuperação graças aos países que aplicam cotas de pesca mais sustentáveis e combatem com sucesso a pesca ilegal. O relatório Estado das Árvores do Mundo, publicado em agosto, descobriu que pelo menos 30% das 60 mil espécies de árvores conhecidas estão em risco de extinção. O alerta diz respeito a um total de 17 mil espécies de árvores, o dobro do número somado de mamíferos, pássaros, anfíbios e répteis sob ameaça. O Brasil é citado no documento como o país que possui algumas das florestas de maior biodiversidade do mundo, possui quase 9 mil espécies de árvores sendo que 1.700 ameaçadas.
*Com informações do repórter Victor Moraes
Fonte: Jovem Pan