O número de famílias em situação de vulnerabilidade no Estado de São Paulo aumentou 50% com a pandemia. Antes da crise, cerca de 2 milhões de lares faziam parte do cadastro de pobreza e extrema pobreza, mantido com dados das prefeituras. Atualmente, são cerca de 3 milhões. O presidente do Fundo Social do Estado, Fernando Chucre, diz que o aumento da vulnerabilidade ocorreu de forma mais acentuada na região metropolitana da capital. “Por causa de falta de capacidade de diversas atividades econômicas que ficaram prejudicadas com a questão da pandemia, catadores, reciclagem, circo, eventos, área cultural foi muito impactada com isso. Além das famílias, também estamos fazendo atendimento para categorias específicas que foram prejudicadas na crise”, disse. A Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) anunciou a doação de 150 mil cestas básicas através do Fundo Social de Solidariedade de São Paulo. As unidades já estão sendo encaminhadas às famílias em situação de vulnerabilidade.
De acordo com a Alesp, a doação foi possível pela economia de R$ 20 milhões neste ano com renegociação de contratos e redução de gastos. O presidente da Casa, deputado Carlão Pignatari, aproveitou para alfinetar a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, que sugeriu que sobras de restaurantes fossem encaminhadas para a alimentação de “pessoas desamparadas”. “Penso que é muito importante que a gente possa demonstrar para as pessoas que uma economia nós podemos dar, doar um pouco dessa segurança alimentar. Enquanto no governo federal fala em doar sobras para o pobre comer. Aqui não, nós queremos fazer doação para que as pessoas tenham uma boa alimentação dentro da sua casa”, disse. Com a doação da Assembleia, o Fundo Social São Paulo chegou à marca de 1,8 milhão de cestas doadas somente em 2021.
Fonte: Jovem Pan