A recente – e controversa – decisão do Ministério da Saúde de suspender a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos rendeu ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um apelido no Congresso Nacional, em especial entre os senadores da CPI da Covid-19. Nos últimos dias, o médico cardiologista passou a ser chamado de “Pazuello de jaleco”. Para os parlamentares, o auxiliar ignorou a recomendação de especialistas e de órgãos oficiais, como a Anvisa, segundo a qual não há indícios que justifiquem a suspensão da imunização desta faixa etária, para agradar ao presidente Jair Bolsonaro. Em sua live, na quinta-feira, 16, o chefe do Executivo federal disse que levou a Queiroga o seu “sentimento” sobre o assunto. “A minha conversa com o Queiroga não é uma imposição. Eu levo para ele o meu sentimento, o que eu leio, o que eu vejo, o que chega ao meu conhecimento”, afirmou. Para justificar o apelido, os parlamentares citam um vídeo, de outubro do ano passado, no qual Eduardo Pazuello, então chefe da Saúde, diz “é simples assim: um manda e o outro obedece”. À época, Bolsonaro desautorizou o ministro e mandou o general da ativa do Exército cancelar o protocolo de compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac.
Fonte: Jovem Pan