PF deflagra operação histórica contra lavagem de dinheiro do tráfico de drogas

Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagram segunda fase da Operação Tergiversação

Em ação conjunta com a Receita Federal, a Polícia Federal (PF) deflagrou nesta segunda-feira, 23, a Operação Enterprise, considerada a maior ação do ano no combate à lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas, com apreensão de aproximadamente R$ 400 milhões em bens do narcotráfico em aeronaves, imóveis e veículos de luxo. A operação também é considerada a maior da história na retenção de cocaína nos portos brasileiros, com mais de 50 toneladas de cocaína apreendidas nos portos do Brasil, Europa e da África. Ao todo, cerca de 670 policiais federais e mais 30 servidores da Receita Federal cumprem 151 mandados de busca e 66 mandados de prisão em 10 estados brasileiros, sendo eles: Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Bahia e Pernambuco.

Segundo a Polícia Federal, os criminosos utilizam “laranjas” e empresas fictícias para operar esquema de lavagem de bens e ativos multimilionários no Brasil e no exterior. De acordo com a PF, como continuidade das ações de cooperação internacionais, foram expedidas “difusões vermelhas na Interpol para a prisão de oito investigados que estão no exterior, bem como a identificação e sequestro de bens em outros países”, também desdobramentos da Operação Enterprise, cujo nome faz alusão à dimensão da organização criminosa investigada, que atua como um grande empreendimento internacional na lavagem de dinheiro e exportação de cocaína, o que “trouxe alto grau de complexidade à investigação policial”.

O chefe do escritório de pesquisa e investigação da 9ª região fiscal, Edson Shinya Suzuki, citou a importância da operação conjunta entre a Receita Federal e a Polícia Federal para combate as organizações criminosas que “estão cada vez mais especializadas”. “Atuando nos moldes que temos visto de corrupção, utilizando de empresas de fachada, laranjas, esquemas complexos de lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio. Isso tem demandado um esforço cada vez maior na nossas equipes, no sentindo de agregar colegas para fazer um trabalho mais preciso e mais complexo para identificar e tratar essas organizações. O trabalho conjunto é a chave de todo o sucesso”, disse Suzuki, em entrevista coletiva, lembrando dos mais dois anos da investigação conjunta, iniciada após uma apreensão no porto de Paranaguá, em setembro de 2017.


Fonte: Jovem Pan

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