A Polícia Civil de São Paulo prendeu nesta terça-feira, 28, mais de 330 pessoas suspeitas ou acusadas de envolvimento em crimes contra o patrimônio, especialmente roubo de celulares. Para a megaoperação, mais de mil policiais foram mobilizados e 697 celulares foram apreendidos. O comércio onde os celulares são vendidos e comprados foram checados para determinar a origem dos aparelhos. O diretor do DECAP, Albano Fernandes, fala sobre o trabalho de investigação realizado pela polícia. “São duas vertentes, logicamente a fatia maior é a venda desse aparelho, furto e roubo para comercializar. Mas não é para esse fim determinado apenas, para transferências bancárias também. Existe hoje uma nova modalidade que é essa: o pessoal pega o celular e já faz as transações bancárias, mas a grande maioria dos furtos é para colocar no mercado, para trocar por droga.”
A polícia também conseguiu interceptar responsáveis que fazem parte de uma quadrilha que atua no golpe do Pix, o sistema de pagamentos instantâneos. O delegado Osvaldo Nico Gonçalves explica que a polícia conseguiu prender 14 receptadores, que são pessoas que emprestam as suas contas para que os ladrões consigam sacar o dinheiro. “Estamos trabalhando também para prender essas pessoas escondidas. Todo dia a polícia está prendendo [os receptadores], eles sendo presos, respondendo pelo mesmo crime que aquele que praticou o sequestro [para golpe do Pix] , eles não estão ganhando para pagar o advogado e se defender”, disse. No Estado de São Paulo, segundo a Secretaria de Segurança Pública, foram registrados ao menos 39 mil boletins de ocorrência de celulares roubados entre janeiro e agosto deste ano. Isso representa 27% dos 147 mil roubos em geral identificados pelas polícias Civil e Militar no período.
Fonte: Jovem Pan