Policiais se dizem ‘humilhados’ por governo Bolsonaro e ameaçam paralisação

Segundo a Constituição de 1988, membros das Forças Armadas e policiais militares não podem fazer greve

Os integrantes da União dos Policiais do Brasil (UPB), formada por ao menos 24 instituições da área da segurança pública, criticaram o governo de Jair Bolsonaro e ameaçaram paralisar as atividades nesta segunda-feira, 10. Em coletiva de imprensa, os representantes das entidades se disseram “humilhados” pelo atual governo e afirmaram que Bolsonaro não está cumprindo promessas feitas à categoria durante a campanha eleitoral. O principal descontentamento é em relação à aprovação de um trecho da PEC Emergencial, que prevê um período de longo congelamento salarial, suspensão de contratações e de progressões na carreira.

“Policiais que acreditaram tanto que seriam finalmente respeitados, valorizados por um governo, estão extremamente decepcionados, desmotivados e pensando o que será dos profissionais de segurança pública durante esses 15 anos”, afirmou o presidente da Associação Nacional de Delegados de Polícia Federal (ADPF), Evandir Paiva. Ele esclareceu que não é contra a aprovação da PEC Emergencial, e admitiu a necessidade do auxílio emergencial, porém disse que o dispositivo é “desproporcional”. Se aprovada, a PEC estipula um gatilho para congelamento de salário e proibição de progressão na carreira e novas contratações sempre que houver decretação de estado de calamidade ou quando a relação entre despesas correntes e receitas correntes alcançar 95%.


Fonte: Jovem Pan

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