‘Precisamos de transparência para evitar uma convulsão social’, diz Bia Kicis sobre voto impresso

Bia Kicis defende que a mudança trará maior transparência ao sistema eleitoral

A deputada federal Bia Kicis, autora da PEC do voto impresso, considera que a proposta é o caminho para trazer maior transparência ao sistema eleitoral e evitar uma “convulsão social”. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quinta-feira, 8, a parlamentar falou sobre a possibilidade de aprovação da matéria na comissão especial. “Era uma coisa que estava muito tranquila antes dessa campanha que o TSE, na pessoa do ministro do Barroso e depois de outros ministros. Antes disso, o ambiente era absolutamente favorável à aprovação. Essa era uma causa que deveria unir os brasileiros, a única coisa que estamos buscando é mais transparência para o sistema eleitoral”, afirmou. Segundo a parlamentar, a sessão para votação do texto, que aconteceria hoje, foi adiada para a próxima semana. “Queremos colocar em pauta com números para vencermos, para termos a proposta aprovada”, completou.

Embora a PEC do voto impresso seja defendida pela deputada, pelo presidente Jair Bolsonaro e por demais autoridades, a proposta também enfrenta muitas resistências. O principal argumento é que não há provas de fraudes nas eleições, o que comprovaria a segurança do atual sistema eleitoral. No entanto, segundo Bia Kicis, parte da sociedade não confia nas urnas eletrônicas. “Quero é unir o povo em torno de uma causa que é boa para todos. Aquelas pessoas que confiam nas urnas, para elas mais transparência não deveria causar nenhum problema. E para aquelas que desconfiam, a transparência é fundamental. Em uma democracia todo mundo precisa ceder um pouco e a gente tem que escolher as causas que a gente tem que ceder. Quero falar com pessoas que acham que o sistema é muito bom, que não precisa de transparência: essa é a hora de ver que essa causa é muito importante para brasileiros, eleitores, que não tem essa mesma confiança no sistema eleitoral”, pontuou.

“Temos que estar unidos e precisamos de transparência para evitar esse tipo de convulsão social, que nós não desejamos. Queremos que o povo brasileiro possa eleger alguém que o representa, não alguém que não tenha um pingo de amor por essa pátria”, ressaltou. Ainda segundo a parlamentar, além de trazer o resultado do vencedor das eleições, o “sistema eleitoral deve convencer o perdedor que ele perdeu”, o que, na visão da deputada, não acontece atualmente. “O TSE joga para desinformar a população. [Diz] que a gente quer a cédula de papel, que vão entregar ao milicianos quando tudo isso é mentira. Ninguém vai levar o voto para casa. Nós queremos uma urna mais avançada, que dê transparência, porque quem perder pode questionar e ter como provar que perdeu”, finalizou.


Fonte: Jovem Pan

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