A Prefeitura de Marília realizará a inauguração das obras incompletas das estações de tratamento de esgoto das Bacias do Pombo, Barbosa e Palmital nesta sexta-feira (11), com a presença do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.
Apesar da cerimônia oficial, ainda resta muito trabalho para o Daem (Departamento de Água e Esgoto de Marília) interligar as redes coletoras de esgoto aos emissários, ou seja, fazer com que todo o esgoto produzido na cidade seja destinado, de fato, às estações de tratamento.
“A casa está pronta, mas resta escolher os móveis. A obra do Palmital está 100% concluída, com o interceptor tronco pronto e algumas ligações finalizadas. Nós fizemos uma linha mestra e depois os ramais vão ser interligados. O resto do esgoto tem que ser levado até lá. Não está incluso na licitação que participamos. É de responsabilidade do Daem. Em relação ao Pombo e Barbosa, a Replan está interligando os ramais”, explicou Reinaldo Pavarini, proprietário da Replan Saneamento e Obras, empresa vencedora das três licitações de tratamento de esgoto na cidade.
As obras das bacias do Pombo e Barbosa, que custaram R$ 46 milhões, também não estão trabalhando na completa capacidade. Nem todos os ramais de esgoto da cidade foram interligados nas estações. O Pombo tem 82% das interligações e o Barbosa completou 77%.
A Estação de Tratamento do Palmital, por sua vez, orçada em R$ 42 milhões e com a obra iniciada no dia 13 de fevereiro deste ano próximo ao distrito de Dirceu, tem de 10 a 12 interligações.
Conforme a Revista D Marília News apurou, a prefeitura deverá abrir novas licitações em 2021 para unir os pontos de esgoto aos interceptores principais.
“É um trabalho de formiguinha, ainda é pouco. Há 90 anos é despejado esgoto in natura em Marília. O material é despejado até em galerias pluviais. Para descobrir essas emissões clandestinas, necessitamos entrar na galeria e localizar onde o esgoto está sendo descartado. Não é fácil”, conta o empresário.
Para descobrir se o esgoto está 100% tratado, a Replan conta com apoio da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), que coleta a água e faz a análise em laboratório.
A D Marília fez uma série de questionamentos para a prefeitura sobre a conclusão das três estações de tratamento, mas não obteve nenhuma resposta até a publicação desta reportagem.
Fonte: D Marília