Privatização da Petrobras foi balão de ensaio para dar resposta ao mercado, dizem integrantes do governo

"Bastou o presidente dizer 'olha, vamos estudar isso aí, isso é um problema', o negócio sobe 6% de repente", disse o ministro Paulo Guedes na segunda-feira, 25

A possibilidade do governo federal enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei que permite a privatização da Petrobras foi vista por lideranças do Palácio do Planalto como um balão de ensaio para dar uma resposta ao mercado financeiro. Na última semana, auxiliares do ministro da Economia, Paulo Guedes, pedirem exoneração em meio às discussões sobre a alteração do teto de gastos e o aumento do valor do benefício do Auxílio Brasil. “Geralmente fazem de uma forma diferente. Soltam um balão de ensaio, a ideia pega mal e precisam recuar. Dessa vez parece que deu certo. É como jogar o barro à parede. Sondam a possibilidade para ver se a ideia é viável”, disse à Jovem Pan um integrante do governo com trânsito no Congresso. As ações da estatal fecharam a segunda-feira, 25, em alta de 7,1%.

Caso o texto seja enviado e aprovado pelo Legislativo, a União poderia vender ações da estatal e alterar a estrutura societária da empresa, mas manteria a chamada “golden share”, que permite ao Palácio do Planalto indicar o presidente da companhia e vetar algumas medidas. Atualmente, o Executivo federal tem o controle por meio de 50,5% das ações ordinárias. A proposta, porém, só seria enviada ao Congresso após o Senado votar a privatização dos Correios. A informação foi inicialmente divulgada pela CNN Brasil e confirmada pela Jovem Pan. Na manhã desta segunda-feira, 25, em entrevista à Rádio Caçula FM, de Mato Grosso do Sul, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a privatização da Petrobras havia entrado “no radar” do governo.


Fonte: Jovem Pan

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