Procuradoria do DF abre inquérito para investigar suposto pedido de propina por parte de Roberto Dias

As negociações foram suspensas a pedida da Controladoria-geral da União e o contrato foi encerrado nesta semana pelo Ministério da Saúde

A polícia vai investigar, à pedido da Procuradoria da República do Distrito Federal, o suposto pedido de propina por parte de Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde. O objetivo é saber se houve improbidade administrativa pro parte do ex-diretor e outros agentes públicos e privados durante as negociações para a compra de vacinas contra Covid-19. Na CPI no Senado, o representante da Davatti no Brasil, Luís Paulo Dominghetti, afirmou que Dias teria, sim, condicionado s assinatura do contrato ao pagamento de US$ 1 por dose da AstraZeneca que estava sendo negociada. A Polícia Federal, por sua vez, investiga uma outra denúncia de supostas irregularidades na compra de doses da Covaxin.

As negociações foram suspensas a pedida da Controladoria-geral da União e o contrato foi encerrado nesta semana pelo Ministério da Saúde. O presidente Jair Bolsonaro voltou a garantir, ontem, que não houve irregularidade por parte do governo. “Não gastamos um centavo. Eu determinei essa compra depois de passar pela Anvisa e só paga depois de chegar. Picareta tem no mundo todo. Quem quiser acreditar, acredita. Tem Papai Noel, que é mais fácil acreditar. Chapeuzinho Vermelho, Saci-Pererê.” A negociação estava sendo feita com a Precisa Medicamentos. Ontem, o fabricante da Covaxin anunciou o fim da parceria com a empresa brasileira e negou que tenha assinado as duas cartas encaminhadas ao Ministério da Saúde. A Anvisa, inclusive, recebeu um comunicado informando que a Precisa não tem mais autorização para representar a Bharat Biotech no Brasil.

Por isso, os dois pedidos de autorização de uso emergencial e realização de pesquisa clínica no país serão reavaliados — o que pode travar a liberação da vacina. Em nota, a Precisa negou qualquer irregularidade e lamentou o cancelamento da parceira com o laboratório indiano como precipitada. A líder da bancada feminina no Senado, Simone Tebet, em entrevista ao site da Jovem Pan, afirmou que a decisão do laboratório indiano só confirma a existência do que ela chamou de documentos montados. Também ao site, o senador Randolfe Rodrigues explicou que a CPI vai pedir ao STF a revisão da decisão que garantiu ao dono da Precisa, Francisco Maximiliano, o direito de permanecer calado durante depoimento em 3 de agosto, depois do recesso parlamento. O habeas corpus foi concedido pela ministra Rosa Weber.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin 


Fonte: Jovem Pan

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