Em seu segundo depoimento à CPI da Covid-19, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga se contrapôs ao presidente Jair Bolsonaro e afirmou que a cloroquina é ineficaz para o tratamento do coronavírus. O uso do chamado “kit Covid” é uma das bandeiras do chefe do Executivo federal, que, em diversas ocasiões, fez propaganda dos fármacos. “Não há evidência comprovada da eficácia destes medicamentos”, disse Queiroga aos senadores. Apesar da manifestação, parlamentares da base governista, como Luis Carlos Heinze (PP-RS), pediram que o médico cardiologista repense seu posicionamento. A oitiva desta terça-feira, 8, também foi marcada por questionamentos sobre a realização da Copa América no Brasil – o torneio continental será disputado a partir do domingo, 13.
Como a Jovem Pan mostrou, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, marcou para a quinta-feira, 10, uma sessão virtual extraordinária para que os ministros analisem duas ações que pedem a suspensão da Copa América. O julgamento foi marcado a pedido da ministra Cármen Lúcia, relatora de um pedido apresentado pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB). À CPI, o ministro da Saúde disse que a decisão sobre a realização da competição no país não é sua atribuição. “Minha função nesse episódio não foi dar aval para acontecer a Copa América. O presidente [Jair Bolsonaro] me pediu que avaliasse os protocolos da CBF e da Conmebol. São protocolos que permitem a segurança para a ocorrência dos jogos no Brasil. As autoridades dos Estados que aceitaram realizar os jogos estão de acordo com esse tipo de atividade. A fiscalização se dará por parte das autoridades sanitárias desses municípios. Não vejo, do ponto de vista epidemiológico, uma justificativa que fundamente a não ocorrência do evento. A decisão de fazer ou não o evento não compete ao Ministério da Saúde”, explicou.
Fonte: Jovem Pan