A Câmara Municipal de São Paulo aprovou na quarta-feira, 10, a nova reforma da previdência. A decisão foi marcada por protestos e confronto entre manifestantes e a polícia, com episódios de vandalismo. No entanto, na avaliação do prefeito da capital, Ricardo Nunes, as ações não foram cometidas por funcionários públicos contrários ao texto, mas sim por “infiltrados”. “Funcionário público não comete esse tipo de ação, de quebrar vidros e jogar bombas. Ainda temos pessoas pessoas que se infiltram nesses movimentos. Mas, agora, as coisas voltam a acalmar e acaba essa infiltração dessas pessoas, que são verdadeiros vândalos que causam transtornos na cidade”, pontuou Nunes ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan. O prefeito defendeu a aprovação da proposta, citando dados que apontam o déficit de R$ 171 bilhões da previdência em São Paulo. Segundo ele, em 2017, o número era de R$ 4,6 bilhões, subindo para R$ 5,5 bilhões em 2018 e chegando a R$ 5,8 bilhões em 2020. Para o próximo ano, a previsão é de déficit de R$ 6,5 bilhões.
“A reforma é muito importante e tem dois grandes aspectos: a saúde financeira da cidade e para podermos garantir que os funcionários tenham a sua aposentadoria quando forem se aposentar. Sem a reforma, com a subida de forma assustadora do déficit, fica insustentável. É um remédio amargo para manter saudável o sistema previdenciário e manter a aposentadoria das pessoas”, completou o político. Ricardo Nunes também rebateu as críticas que recebeu pelo projeto que aumenta o salário de funcionários comissionados, citando as propostas de valorização dos trabalhadores. “Esses funcionários estavam há duas décadas sem correção [salarial], mais de 200% de perda em relação à inflação. Quando se faz uma gestão tem que ter coragem de se colocar em situações, porque precisamos ter uma equipe estruturada e não perder funcionários”, afirmou, concluindo que 2,3 mil cargos também foram extintos. “Estamos enxugando a máquina e fazendo a valorização dos funcionários”, finalizou.
Fonte: Jovem Pan