Roman Abramovich tratou de confirmar as informações da imprensa inglesa de que irá vender o Chelsea. Em comunicado divulgado no site oficial do clube, na tarde desta quarta-feira, 2, o empresário russo atribuiu a decisão aos “interesses dos torcedores, colaboradores e patrocinadores” dos Blues. Apesar do anúncio, o bilionário disse que a negociação “não será acelerada” e seguirá o “devido processo”. Fortemente ligado ao presidente Vladimir Putin, o empresário foi obrigado a deixar o Reino Unido após os ataques promovidos pela Rússia contra a Ucrânia. Inicialmente, ele disse que iria passar o comando do Chelsea à sua fundação, deixando de tomar as decisões da agremiação, comprada em 2003. 

Segundo a imprensa inglesa, Abramovich espera vender o Chelsea por cerca de 3 bilhões de libras (na cotação atual, aproximadamente R$ 20 bilhões). Pressionado a deixar o comando do clube após o início do conflito entre Rússia e Ucrânia, o empresário afirmou que irá destinar o dinheiro arrecadado com o negócio para as vítimas da guerra. “Eu não vou pedir nenhum empréstimo para ser reembolsado. Isso nunca foi sobre negócios ou dinheiro para mim, mas sobre pura paixão pelo jogo e pelo clube. Além disso, instruí minha equipe a criar uma fundação de caridade onde todos os lucros líquidos da venda serão doados. A fundação será para o benefício de todas as vítimas da guerra na Ucrânia. Isso inclui fornecer fundos essenciais para as necessidades urgentes e imediatas das vítimas, bem como apoiar o trabalho de recuperação de longo prazo”, diz a nota escrita pelo russo.