‘Se não fosse muito necessária, eu não teria enviado’, diz prefeito de SP sobre reforma da previdência

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, concedeu entrevista ao Jornal da Manhã deste sábado, 16

O prefeito de São PauloRicardo Nunes, defendeu neste sábado, 16, a reforma da previdência encaminhada pela sua gestão à Câmara Municipal de São Paulo. Sob protestos de servidores públicos municipais dentro e fora do prédio, a proposta foi aprovada por 37 dos 55 vereadores, o mínimo necessário para um projeto que altera a lei orgânica do município. Para ser sancionada, a reforma precisa passar por uma nova votação no plenário municipal, que deve ocorrer na próxima terça-feira, 19. A aprovação provocou protestos por parte dos servidores do município e alguns setores do funcionalismo público. O Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep) deve reunir lideranças de outras entidades para deliberar o início de uma paralisação geral a partir de terça-feira. Apesar da movimentação contrária, o prefeito defendeu, em entrevista ao Jornal da Manhã, que a reforma é necessária para garantir a existência da aposentadoria.

“O déficit atuarial que nós temos da previdência na Prefeitura de São Paulo é de R$ 171 bilhões. Com esse projeto que eu enviei à Câmara, se aprovado em segunda votação, o déficit será reduzido em 111 bilhões. Ainda ficamos com 60 bilhões de déficit, o que mostra o tamanho do problema financeiro causado”, explicou o prefeito. “Se não fosse muito necessária, eu não teria enviado à Câmara”, confessou Nunes. Segundo ele, a proposta não traz nenhuma medida nova além das já previstas no âmbito estadual e federal. “Não existe nada de novo além daquilo que já acontece no âmbito do governo federal e estadual. Uma parcela dos funcionários públicos da Prefeitura de São Paulo que não faziam a sua contribuição passarão a fazer. Por tanto, não é algo que seja inovador ou diferente do que acontece no Brasil”, defendeu.


Fonte: Jovem Pan

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