‘Segurança da Sputnik V está garantida com estudos fora do Brasil’, afirma diretor da União Química

Miguel Giudicissi alertou que a Rússia não pode esperar o Brasil decidir se vai querer ou não a Sputnik V

O diretor científico da União Química, Miguel Giudicissi Filho, afirmou que a segurança da vacina Sputnik V está garantida pelos estudos da fase 3 de testes realizados fora do Brasil. “A exigência da Anvisa não era correta, porque é repetir do mesmo o tempo todo. E o problema da pandemia é a velocidade, o tempo. Se não vacinarmos logo toda a população, as variantes vão tomar conta. Lá na frente poucas vacinas terão efeito sobre o vírus e vão impedir o aumento de contaminações”, explicou. “Temos que fazer as coisas na velocidade que deve ser feito. Hoje, a equação passa pelo fator tempo. O tempo é a coisa mais importante.” Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Miguel Giudicissi ressaltou que vacina não tem passaporte — apesar de ser produzida na Rússia atualmente, ela tem o contrato de transferência da tecnologia para o Brasil.

“Esse preconceito faz com que as pessoas falem coisas que leram, mas não entenderam. A vacina que deve ser utilizada no Brasil é exatamente a mesma utilizada na fase 3 dos estudos realizados na Rússia e publicados na revista The Lancet.” Ele explicou que o transporte da Sputnik V acontece a -18ºC , que é a temperatura de um freezer. Mas, no ponto de vacinação, pode ser mantida entre 3ºC e 8ºC por cerca de três meses. Miguel Giudicissi alertou que a Rússia não pode esperar o Brasil decidir se vai querer ou não a Sputnik V e é preciso ter pressa. “Tem a reserva de 10 milhões de doses prontas até o fim de março, mas o México e outros países já liberaram o imunizante. Eles não vão aguardar o que vamos decidir.” O diretor científico da União Química falou que o vírus vai continuar se modificando e, se não corrermos, não vamos conseguir interromper a pandemia.


Fonte: Jovem Pan

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