Startups diversificam atividades e crescem 200% no Brasil em 5 anos

Funcionários contratados em startup têm recebido investimento na carreira em forma de cursos

Igor Depolli foi contratado por uma startup em junho deste ano para atuar como engenheiro de software júnior. Um mês depois, ganhou um curso da empresa. Segundo ele, foi um diferencial para começar no novo trabalho. “Basicamente eu entrei pela empresa no curso. Foi justamente para a empresa preparar a gente para a tecnologia que é usada”, afirmou. Mathieu Le Roux trabalhou como investidor de capital de risco na França e é co-fundador de uma empresa que fornece cursos de programação em São Paulo. Para ele, um diferencial do Brasil são os novos talentos. “Eu acho que o digital e o universo do software pela primeira vez na história industrial do Brasil é um ramo onde eles podem competir com o mundo inteiro, tanto para adaptar as boas ideias quanto para às vezes exportar ideias locais de maneira mais fácil, já que montar uma fábrica no Brasil é complicado, com infraestrutura, tributos, importação… Tudo é complicado. No software, não tem nada disso, no software o que vale a pena é talento”, analisou.

Fábio Ieger é CEO de uma startup que reduz o fechamento de pequenas indústrias oferecendo diversos serviços financeiros. Hoje, a empresa dele tem R$ 5 bilhões para investir. Para ele, o Brasil ainda é um país deficitário, que necessita de muito incentivo e inovação para as startups. “Veja o setor bancário no Brasil: a gente hoje tem seis bancos que dominam 100% do mercado. Olha o exemplo do Nubank, o que ele fez com o mercado, criando uma conta corrente sem cobrança de mensalidade, reduzindo o custo financeiro. Hoje ele se tornou o quinto maior banco brasileiro. A gente precisa realmente de mais inovação, a gente tem um povo realmente muito empreendedor e só precisa de conhecimento e, principalmente, um pouquinho de incentivo”, apontou. De acordo com a Associação Brasileira de Startups, de 2016 a 2021, o número dessas empresas no país saltou de 5 para 13 mil, um aumento de mais de 200% em 5 anos, as startups avaliadas em US$ 1 bilhão chegaram a 21 unidades.

*Com informações do repórter Victor Moraes


Fonte: Jovem Pan

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