‘Tomei a Sputnik V com tranquilidade, a desconfiança é no Ocidente’, diz brasileiro em Moscou

Segundo Fábio Aleixo, os resultados da vacina foram amplamente divulgados pelas autoridades locais de forma "muito clara"

O jornalista brasileiro Fábio Aleixo, que vive, atualmente, em Moscou, na Rússia, tomou as duas doses da vacina Sputnik V com “tranquilidade”. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 08, ele falou sobre as reações após aplicação do imunizante e a desconfiança pela segurança e eficácia do composto contra a Covid-19. Segundo ele, os resultados da vacina foram amplamente divulgados pelas autoridades de forma “muito clara” e há muito tempo. “Tomei a vacina antes de ter os dados na The Lancet [revista científica que publicou dados da Sputnik V], tinha colegas que tinham participado na fase 3. Eu fui com muita tranquilidade. Existe desconfiança na parte ocidental, Europa e Estados Unidos até que não seja publicado em veículos de divulgação científica, mas aqui dentro foi tranquilo. Mais pessoas vão tomando, vão falando para os outros e aí as pessoas vão entrando nessa questão [da imunização]. A Rússia espera vacinar 60% da população até o final do ano para ter controle da pandemia”, relatou. A aplicação da segunda dose da Sputnik V respeitou intervalo de 21 dias, sendo considerado, de fato, imunizado após 21 dias da última aplicação.

Fábio Aleixo conta as reações leves que teve após a imunização, com sintomas como febre e dor no local da aplicação. “A primeira dose recebi em 13 de janeiro. Depois da primeira dose, tive uma temperatura alta de febre, no período de 10 horas, e um pouco de dificuldade para dormir. Tomei paracetamol como médicos recomendavam, tive um pouquinho de dor de cabeça, mas nada muito assustador, uma coisa muito comum. Estava sentido febre, mas não sentia dor, como se fosse gripe, mas sem nariz escorrendo. Depois de 3 de fevereiro recebi a segunda dose e os sintomas foram mais leves. Tive mais dor no braço esquerdo e também febre de 37,6 ºC”, relatou. A aplicação da segunda dose da Sputnik V respeita o intervalo de 21 dias. Para ser considerado imune ao coronavírus, no entanto, é necessário aguardar mais 21 após a última aplicação, ou seja, 42 dias depois da primeira vacina. 


Fonte: Jovem Pan

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