UBSs da zona leste de São Paulo vacinam contra a Covid-19 pessoas com miopia e astigmatismo

Estado de São Paulo incluiu pessoas de 18 a 59 anos com comorbidades ou deficiência permanente em seu calendário de vacinação

Pessoas com problemas de visão leve, como miopia e astigmatismo, se vacinaram contra a Covid-19 em Unidades Básicas de Saúde da capital paulista nesta sexta-feira, 11. A reportagem da Jovem Pan confirmou que duas unidades da Zona Leste (UBS AE Carvalho e UBS/AMA Jardim Brasília) estavam imunizando pessoas com autodeclaração de miopia e astigmatismo como comorbidade/deficiência permanente. À Jovem Pan, a jovem Juliana*, de 24 anos, contou que uma amiga a avisou ontem, na quinta, 10, que pessoas com tais condições poderiam ser vacinadas. De acordo com o Plano Nacional de Imunização, são considerados indivíduos com deficiência visual permanente grave aqueles que apresentem, pelo menos, grande dificuldade ou incapacidade de enxergar mesmo com uso de óculos (se utilizam óculos ou lentes de contato, esta avaliação deverá ser feita com esses dispositivos). Na entrevista coletiva da última quarta-feira, 9, quando foi anunciada a inclusão de pessoas de 18 a 59 anos com comorbidades ou deficiência permanente que não recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC), os critérios apresentados pelo governo de São Paulo foram: deficiência permanente física, sensorial (ouvir/enxergar) e intelectual que apresentarem: laudo médico que indique a deficiência, comprovação de atendimento em centro de reabilitação ou unidade especializada, documento oficial com indicação da deficiência, cartão de gratuidade do transporte público ou autodeclaração — na ausência de outro tipo de documento. 

“Uma amiga mandou mensagem perguntando se eu usava óculos e eu falei que sim, que tinha um astigmatismo bem leve, grau baixo. E ela disse que, por eu usar óculos, poderia ir no posto me vacinar. Pedi mais informações para ela, que disse que a mãe e irmã haviam se vacinado ontem na UBS, levando apenas comprovante de endereço, RG, a autodeclaração e o cartão do SUS.” Na tarde desta sexta-feira, foi a vez de Juliana tentar a sorte (e conseguir, assim como sua mãe). Aos 24 e 54 anos, as duas tomaram a primeira dose da AstraZeneca/Oxford. “Eu estava esperando a vacinação para 24 anos apenas em setembro ou outubro, como o governador anunciou. Se tivesse algum impedimento, eu acho que eles falariam. Tinha uma fila com umas 20 pessoas. A gente perguntou e a moça confirmou que era tudo bem a gente se vacinar. Ela nem pediu receita médica, nem nada. Na fila, tinha gente com outras comorbidades, pressão alta, outros tipos de deficiências. Mas, no geral, tinha gente que usava óculos e dava para ver que o grau não era tão alto assim”, relatou.


Fonte: Jovem Pan

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