A União Europeia elevou o tom contra a AstraZeneca e uma disputa com o Reino Unido está ficando cada vez mais evidente. O bloco ainda não conseguiu implementar seu programa de vacinação em massa na velocidade que pretendia e a falta de doses da AstraZeneca e da Pfizer tem sido um grande problema para o continente. Os dois laboratórios estão atrasando suas entregas para a Europa e alegam dificuldades momentâneas na cadeia produtiva. A AstraZeneca só deve produzir 25% do prometido para a União Europeia até março. Enquanto isso, o laboratório segue em curso para cumprir a meta combinada com os britânicos — duas milhões de doses por semana.
Os europeus exigem que as doses sendo produzidas na Grã Bretanha, em duas fábricas da empresa, também sejam utilizadas no continente. Só que o Reino Unido, por sua vez, já deixou claro que não pretende exportar nenhuma dose enquanto o país inteiro não estiver imunizado. Os britânicos assinaram contrato com a AstraZeneca em maio de 2020, três meses antes da União Europeia e o laboratório usa este ponto como justificativa para dar preferência ao governo da Grã Bretanha. Na quarta-feira, 27, o bloco chegou a alegar que a lógica do “quem chegar primeiro leva” serve para o açougue da esquina — mas não em um contrato desses.
Fonte: Jovem Pan