Vacina de Oxford é adequada para o momento, diz coordenadora do PNI

Até o momento, pouco mais de 2,5 milhões de pessoas já foram vacinadas contra a Covid-19 no país

Em meio aos debates sobre os benefícios da vacinação de idosos com o imunizante da Universidade de Oxford, a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Francieli Fantinato, defendeu o uso do composto no Brasil. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta quarta-feira, 03, ela destacou que os estudos apontam para a eficácia e segurança do imunizante. “Se a gente avaliar o risco que a população idosa tem e os resultados de imunogenicidade e também de segurança desta vacina na população idosa, é uma vacina importante para ser usada na população brasileira. O comitê consultivo independente de especialistas do Reino Unido, que dá assessoria de imunizações, e a própria agência reguladora aprovaram a vacina para população acima de 65 anos. Então é uma vacina que se a gente for avaliar o perfil de risco e benefício é uma vacina bem adequada para ser utilizada neste momento, tendo em vista os objetivos da vacinação e o problema que vemos acompanhando dos idosos e dos riscos de complicações e óbitos”, disse.

Francieli Fantinato também falou sobre a possibilidade de ampliar o período de espera entre a primeira e a segunda dose da vacinação contra a Covid-19. Embora reconheça que a medida permitira vacinar um maior número de pessoas, a coordenadora lembrou que as indicações dos fabricantes devem ser respeitadas. “Nós precisamos considerar o que foi avaliado em relação a eficácia e segurança das vacinas. A CoronaVac foi avaliada com intervalo de duas semanas e os estudos mostraram uma resposta melhor com quatro semanas, o próprio fabricante indicou utilizar o intervalo de 2 a 4 semanas. Então para CoronaVac ainda não existem dados de segurança e eficácia com intervalos maiores. Já a vacina da AstraZeneca os estudos de fase três mostram intervalo de 8 a 12 semanas com melhor resposta em 12 semanas, então o PNI está utilizando as indicações de bula.”


Fonte: Jovem Pan

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