O presidente da CPI da Covid-19, Omar Aziz (PSD-AM), criticou a omissão do ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, no âmbito da Operação Hospedeiro, deflagrada pela CGU, pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela Polícia Federal (PF) que atingiu, entre outras pessoas, o lobista Marconny Albernaz de Faria, que depõe nesta quarta-feira, 15, à comissão. Mensagens em posse do colegiado indicam que os órgãos souberam da “arquitetura da fraude” a uma licitação do Ministério da Saúde para compra de testes de Covid-19, mas não tomaram as devidas providências.
No cumprimento da operação, o celular de Marconny Faria foi apreendido e as mais de 310 mil páginas de diálogos obtidos no aparelho telefônico, repassados pelo MPF do Pará à CPI da Covid-19. Como a Jovem Pan mostrou, o lobista aparece em mensagens trocadas em junho de 2020 que também envolvem dirigentes da Precisa Medicamentos, o ex-diretor de um órgão ligado à Anvisa José Ricardo Santana e o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias. O conteúdo das mensagens, que foram periciadas, também apontam a relação do depoente com pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro, entre eles, o seu filho mais novo, Jair Renan, sua ex-esposa Ana Cristina Valle e a advogada Karina Kufa, que defende o mandatário do país.
Fonte: Jovem Pan