YouTube investe e lança playlists com conteúdo voltado à educação

YouTube lança nova ferramenta

O YouTube considera educação um dos cinco pilares da empresa, enxerga o tema como uma bandeira que todo mundo apoia e vê o brasileiro cada vez mais utilizando a sua plataforma para estudar. Por conta disso, na última sexta-feira (12), o site americano que pertence ao Google apresentou à imprensa um novo recurso denominado de “Playlists Educativas”.

A ideia da empresa é fazer com que pessoas que produzam conteúdos educativos possam montar playlists, possibilitando a criação de cursos e aulas sequenciais. Atualmente a funcionalidade está apta para 75 canais ao redor do mundo, incluindo 15 no Brasil.

A ferramenta permite que o conteúdo possa ser dividido em capítulos, assuntos e sub-assuntos. Existem também mais alternativas para salvar os vídeos e opções para que eles fiquem na tela principal do usuário.

O mais interessante, no entanto, é que as recomendações são ocultadas da página de exibição de vídeos relacionados para que o espectador foque na lição e retome de onde parou a hora que bem entender.

“A gente entende que, quando alguém se dispõe a aprender alguma coisa que é um pouco mais ampla e necessita mais concentração, não é bom a gente ficar sugerindo outros vídeos para a pessoa se dispersar e perder o foco”, apontou Clarissa Orberg, gerente de parcerias estratégicas de Educação do Youtube.

Segundo o YouTube, os canais associados possuem uma tag oficial para classificá-los como conteúdos educativos e de credibilidade.

Cinco influenciadores de três canais estiveram na sede do Google para comentar a parceria com o YouTube.  Nathália Arcuri, do canal “Me Poupe”; Iberê Thenório e Mariana Fulfaro, do “Manual do Mundo”; e Ary Neto e Walter Solla, do “Se Liga Nessa História”.

“A grande diferença de lançar esse curso em uma playlist educativa e não em uma playlist tradicional do YouTube é que a pessoa não dispersa. Se ela quiser saber sobre arduino, ela entra naquela playlist e fica rodando com acesso aos conteúdos teóricos e práticos”, ressaltou Mariana Fulfaro, do “Manual do Mundo.”

Natália, do “Me Poupe”, falou sobre a importância de lançar conteúdos educativos de qualidade na plataforma.

“Infelizmente, o Governo não investe tanto em educação, nós sabemos. Mas, felizmente, nossa empresa está fazendo isso de dentro para fora. Por isso, eu falo para os professores e pessoas capacitadas: ‘Faça o seu canal'”, afirmou. “Se o Brasil não passar por uma reformulação na educação desde a base, vamos enxugar gelo. Temos que atuar na base”, continuou.

Já os fundadores do “Se Liga Nessa História” acreditam que a linguagem informal é o segredo para captar o público e transmitir a mensagem com mais clareza.

“Nós não temos interesse de substituir a escola. Mas a nossa ideia é pegar o conteúdo que era restrito à classe A e divulgar para outras classes. E, por ousadia nossa, tentamos fazer algo melhor”, disse Walter Solla.

 


Fonte: Jovem Pan

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