O governo de São Paulo divulgou em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 6, um calendário com data prevista para aplicação da terceira dose da vacina contra a Covid-19 até o mês de novembro. A coordenadora geral do Programa Estadual de Imunização, Regiane de Paula, explicou que qualquer pessoa que tenha tomado a segunda dose há pelo menos seis meses pode receber o reforço e analisou que as datas expostas pelo governo são uma forma de ilustrar quais públicos devem ser vacinados. “Por que a gente está trabalhando dessa maneira? Porque eu preciso ter há seis meses o esquema vacinal completo. Quando eu completar seis meses, eu vou lá e tomo a minha vacina [terceira dose]. Esse processo é contínuo, dinâmico e não para”, explicou. Ao todo, 2,7 milhões de pessoas que completaram a vacinação em abril devem ter o reforço aplicado.
De acordo com o calendário mostrado pela coordenadora, aqueles que tomaram a segunda dose entre os meses de fevereiro e março (profissionais da saúde entre 60 e 69 anos), podem receber o reforço até o dia 10 de outubro. Entre os que completaram o ciclo vacinal em abril, as datas de aplicação foram divididas em quatro etapas: quem tem 80 anos ou mais será contemplado entre 11 de outubro e 17 de outubro; os que têm entre 75 e 79 anos receberão os imunizantes de 18 de outubro a 24 de outubro; quem tem de 70 a 74 anos, nos dias 25 de outubro a 31 de outubro e quem tem de 60 a 69 anos deve ser contemplado entre 1º e 7 de novembro. É importante lembrar, porém, que as datas apenas estipulam as faixas etárias a receberem a terceira dose, já que ela só será aplicada na prática em quem tiver tomado a segunda dose há seis meses. “Se você completou seis meses da segunda dose, você pode tomar a vacina, sempre estar atento a esta questão. Não é só a sua idade, mas sim os seis meses da segunda dose”, apontou de Paula.
Mesmo com mais de 60% de toda a população vacinada com as duas doses do imunizante, o Estado ainda não tem uma previsão para que o uso de máscaras deixe de ser obrigatório. “Estamos avaliando a possibilidade no futuro, não neste momento. Hoje, apesar da melhora, os números indicam que ainda temos pessoas ficando com doença grave, requerendo internação, ainda temos perda de vida e, portanto, hoje, devemos continuar usando essa proteção além da vacinação”, afirmou Paulo Menezes, do Centro de Contingência do Estado. Segundo ele, em um futuro próximo no qual os dados da doença sejam ainda melhores, o fim da obrigatoriedade de máscaras em locais abertos pode ser debatido, mas não há uma data oficial para isso. “O comitê científico está discutindo isso com o governo e quem sabe em breve tenhamos alguma posição sobre esta questão”, apontou. Questionado pela repórter Nanny Cox, da Jovem Pan, sobre a possibilidade de que festas de Ano Novo ou Carnaval sejam realizadas no Estado, o coordenador executivo do Comitê Científico de SP, João Gabbardo, disse que o assunto ainda seria discutido entre os especialistas.
Fonte: Jovem Pan