Em respostas a fala de Joe Biden, que chamou Vladimir Putin e as tropas russas de genocidas, na última terça-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, rebateu nesta quarta-feira, 13, o posicionamento do líder americano e disse que considera “inaceitável qualquer tentativa de distorcer a situação dessa maneira”. As falas de Biden ficaram ainda mais intensas após a repercussão das imagens do massacre em Bucha serem compartilhadas pelo Exército ucraniano, onde dezenas de corpos de civis foram encontrados largados pelas ruas da cidade. Entretanto, essa foi a primeira vez que ele utilizou o termo “genocida” para se referir a Putin.
Apesar de estar junto com Biden na tentativa de cessar-fogo e de proporcionar punição à Rússia, Emmanuel Macron, presidente francês, se negou a repercutir a acusação feita por seu homólogo americano e alertou que esta escalada verbal não ajuda a pôr fim à guerra. Em entrevista à imprensa, Macron defendeu que os governantes devem ter cuidado com sua linguagem. “Não estou certo de que as escaladas verbais sirvam para esta causa”, declarou. “Eu diria que a Rússia deflagrou unilateralmente a guerra mais brutal, que foi estabelecido que o Exército russo cometeu crimes de guerra e que agora é necessário encontrar os responsáveis e levá-los à Justiça”, disse Macron. “O que está acontecendo é uma loucura, é incrivelmente brutal”, acrescentou e informou que vai continuar tentando deter essa guerra e reconstruir a paz.