Em visita ao Iraque, Papa reza por vítimas da guerra e lembra sofrimento das mulheres

Papa Francisco em meio às ruínas da cidade de Mosul, no Iraque

O papa Francisco rezou neste domingo, 07, por todas as vítimas da guerra na devastada cidade de Mosul, no Iraque, um símbolo do horror jihadista, e recordou as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no país, pelo qual faz uma visita de três dias. Na praça de Hosh al Bieaa, onde quatro igrejas cristãs estavam localizadas antes da destruição provocada pelos terroristas do Estado Islâmico, Francisco começou sua oração: “Se Deus é o Deus da vida, e é, não nos é lícito matar nossos irmãos e irmãs em seu nome”, disse. Em meio aos escombros e muros meio drenados, o pontífice, que encerra hoje a excursão pelo Iraque, continuou: “Se Deus é o Deus da paz, e é, não é lícito para nós fazer guerra em seu nome. Se Deus é o Deus de amor, e ele é, não é lícito para nós odiarmos nossos irmãos e irmãs”.

Diante da destruição brutal causada durante os anos em que o Estado Islâmico fez de Mosul a capital iraquiana de seu autoproclamado califado, o pontífice encerrou implorando o perdão de Deus por tudo o que aconteceu, enquanto confiava a ele “as muitas vítimas do ódio do homem contra o homem”. A esse respeito, o líder religioso, que foi aplaudido várias vezes, ouviu alguns testemunhos das atrocidades cometidas em Mosul durante a invasão do EI, que causou o êxodo de cerca de 500 mil pessoas, das quais 120 mil eram cristãs. Em 2013, havia cerca de 1,4 milhão de cristãos no país, e hoje eles estão entre 200 mil e 300 mil. Apenas 50% dos que fugiram durante a invasão jihadista voltaram para suas casas no Iraque.


Fonte: Jovem Pan

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