A deputada federal Luiza Erundina (PSOL) defende que a aprovação do processo de impeachment do presidente Jair Bolsonaro, assim como o retorno do auxílio emergencial, são as prioridades da Câmara dos Deputados. Em entrevista ao programa Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 22, a parlamentar afirmou que é “impossível retomar a normalidade no país com o atual governo”. Embora sejam as principais propostas defendidas pelo PSOL, Erundina, que é candidata do partido à presidência da Câmara, negou que a legenda tenha condicionado os temas para apoio a candidaturas, pensando em um segundo turno da eleição. “Não condicionamos a nossa posição. Pautamos como pontos principais o impeachment do presidente, nem preciso dizer o porquê, a própria sociedade está se manifestando. Com Bolsonaro é impossível retomar o desenvolvimento do país, os empregos do país, os mais de 14 milhões de desempregados. Não é possível fazer com que o país volte à normalidade em sua condição social, política e ética. Portanto, um dos pontos principais do nosso programa é o afastamento do Bolsonaro”, afirmou a deputada.
Erundina defendeu, no entanto, que tão importante quanto o impeachment é a retomada do auxílio emergencial para a população desempregada e em situação de maior vulnerabilidade social. Segundo a parlamentar, o retorno da ajuda financeira também representa a retomada de “algum nível de crescimento econômico do país”. “É preciso retomar imediatamente com esses dois objetivos: atender necessidades dos mais vulneráveis, ter a possibilidade de ativar um pouco a economia e rever esse quadro de estagnação econômica, de retrocesso e de total falta de crescimento”, disse, defendendo também que o processo de vacinação contra a Covid-19 é “a única condição de reverter essa tragédia sanitária que se abateu sobre o Brasil”. “Não condicionamos nossas posições. É isso que defendemos como principal da nossa proposta. Vamos até o final do primeiro turno. No segundo turno vamos ver quem fica e quem é o menos comprometido com a política genocida e de retrocesso social, político e ético do governo.”
Fonte: Jovem Pan