Escândalo de R$ 200 milhões?

Prefeito, não assine! O mariliense não merece! Empresa de Indaiatuba pode lucrar e levar embora até R$ 200 milhões da nossa Zona Azul e não diminuirá rotatividade de veículos. Presidente da Acim, Adriano Martins, por liderança do Codem, e o superintendente, José Augusto Gomes, o Guto, que vem falando de Codem com os candidatos, estão calados. Por quê? Não devem saber, provavelmente. Só que estão prejudicando os comerciantes de Marília ao invés de ajudar (entenda abaixo) mas a concorrência já está feita há meses. Só falta assinar.
Caso o prefeito Daniel Alonso (PSDB) assine o contrato de exploração da Zona Azul por 15 anos, cifra milionária pode ir embora de Marília e cair nas mãos de uma única empresa de Indaiatuba. Ainda prejudica o comércio local com baixa rotatividade de carros, ao contrário do que dizem, porque existe a obrigatoriedade de se pagar o mínimo de R$ 2,00 por hora estacionada. Não existe escalonamento de horários e valores menores por tempo, como em centenas de cidades pelo Brasil e no mundo. Há, sem falar que o sistema adotado aqui prejudica comércio, população e comerciários..
Outra coisa. O comentário na Justiça Polícia Federal e Estadual, onde já está tudo documentado com escutas, cópias de conversas e e-mails, etc. entre dirigentes e proprietários das empresas envolvidas, é de que se perder a eleição agora domingo Daniel Alonso pode assinar esse escândalo, e se ganhar também pode. Assim como seu substituto caso ele perca a eleição.
A Polícia Federal, Ministério Público, Matra, entidades de classe, comerciantes e marilienses em geral estão de olho numa concorrência feita pela Prefeitura de Marília em que uma empresa de Indaiatuba ganhou e deve tirar da economia local até 200 MILHÕES DE REAIS, dinheiro do povo de Marília que poderia ser investido aqui.
O clamor popular é para que Daniel Alonso (PSDB) não assine a licitação e, caso vença outro candidato, que também desista da concorrência que poderá cair nas mãos de uma única empresa fora de Marília.
Por apenas pouco mais de R$ 1 MILHÃO E 300 MIL, essa empresa ganhou a concorrência para explorar a Zona Azul de Marília por 15 anos (e se bobear depois vem um aditivo por mais sabe-se lá quantos anos) em algumas ruas do centro da cidade e da região das Esmeraldas.
Diversas entidades, que por receio não querem se identificar, procuraram a reportagem da REVISTA D MARÍLIA I NEWS e da TV REVISTA D MARÍLIA para falar do caso. No início do ano passado, em janeiro, foi feita uma concorrência para a exploração e gerenciamento de algumas ruas do centro e da região das Esmeraldas em relação ao sistema de Zona Azul.
Por sinal, a Zona Azul de Marília era e sempre foi muito bem gerenciada por parcerias entre Lions e Associação Comercial, formou milhares de jovens que hoje estão em altos cargos de comando de bancos e demais empresas na cidade. Entre eles, o atual superintendente da Acim (Associação Comercial e Industrial de Marília), José Augusto Gomes, o Guto.

ENTENDA O IMBLÓLIO
A empresa Rizzo Parking And Mobility S/A – sediada em Indaiatuba, região de Campinas – ofereceu R$ 1.313.133,13 à Emdurb (Empresa Municipal de Mobilidade Urbana de Marília) para assumir a Zona Azul.
De acordo com ata de julgamento publicada em 23 de outubro pela Comissão Especial de Licitação, a Rizzo foi a única empresa classificada por atender a todas as exigências do edital. Foi estabelecido à vencedora um prazo de 10 dias para apresentar amostras de equipamentos.
O contrato que está próximo de ser assinado é de 15 anos e prevê, inicialmente, o controle sobre 3 mil vagas de estacionamento, em 32 ruas do Centro e na região da avenida das Esmeraldas.
Do total de vagas, estão previstas 150 vagas para idosos (5% do total) e 60 (2%) para pessoas com necessidades especiais. A Emdurb terá direito a R$ 1,3 milhão inicial, mais 10% do faturamento bruto mensal com a exploração das vagas. A empresa Rizzo deverá investir R$ 2 milhões no sistema depois, somando investimento inicial de R$ 3,4 milhões para lucrar provavelmente R$ 200 milhões.
Após a homologação do resultado do certame, a empresa vencedora terá 120 dias para implantar o sistema. Ao invés das antigas cartelas de Zona Azul, terão que ser disponibilizados parquímetros multivagas, equipamentos emissores de tíquetes eletrônicos de estacionamento e ainda inserção via telefonia para clientes que optarem por pagamento eletrônico. O faturamento com as 1.151 vagas era de R$ 402,8 mil por mês e pode atingir praticamente o triplo com as novas áreas destinadas ao estacionamento rotativo.
A Zona Azul de Marília vai funcionar, para carros, a um custo de R$ 2 para cada hora e R$ 4 para cada duas horas. O serviço será das 8h às 18h de segunda a sexta-feira e das 8h às 13h aos sábados.
Até janeiro de 2018, o serviço de Zona Azul através da venda de cartelas era feito por jovens da Legião Mirim de Marília. Como a entidade deixou de realizar a venda de cartelas, a Emdurb lançou proposta contratando empresa para explorar o sistema na cidade.

TCE SUSPENDE
A licitação que definiu a concessionária para assumir o serviço teve início em dezembro de 2019, mas houve mudanças de edital após problemas apresentados pelo TCE-SP (Tribunal de Contas de São Paulo), em março deste ano. O tribunal suspendeu a licitação após o edital ser contestado pela empresa ASG Engenharia Ltda., de Araçatuba.
Entre as alegações da empresa estão a “indevida exigência de prova da qualificação técnica das licitantes mediante a apresentação de atestados juntamente com a Certidão de Acervo Técnico, a restritiva hipótese de desclassificação da proposta de empresa que apresentar projeções de fluxo de caixa e financeira negativos por mais de três anos e a excessiva requisição de garantia de execução contratual atrelada ao valor do contrato”.
Com a decisão do TCE, a entrega das propostas prevista para 20 de março deste ano foi suspensa até que fossem feitas adequações no edital.
Em junho, o edital reformulado foi aberto. Ao todo, três empresas se interessaram inicialmente: a Rizzo Parking And Mobility S/A (vencedora), de Indaiatuba (SP); Eysa Estacionamentos e Serviços Unipessoal Ltda., de São Paulo (SP); e Serbet Sistemas de Estacionamento Veicular do Brasil Ltda., de Joinville (SC). Em agosto, a Emdurb inabilitou a Eysa alegando que a empresa não apresentou documentação conforme o edital exigia e habilitou a Rizzo e a Serbet. Em setembro, a Eysa entrou com recurso pedindo reconsideração do seu caso e, além disso, reivindicou a inabilitação das outras duas concorrentes. A Rizzo, por sua vez, reivindicou a inabilitação da Serbet. Em outubro, a Emdurb manteve a inabilitação da Eysa e também inabilitou a Serbet.
Situação semelhante em Marília ocorreu em Linhares (ES), onde o TCE-ES (Tribunal de Contas do Espírito Santo) determinou, em abril deste ano, a suspensão do edital para contratação de empresa especializada na exploração do estacionamento rotativo, alegando vícios na licitação.

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