Estudo realizado por pesquisadores das faculdades de Medicina (FMRP) e de Odontologia (FORP) da Universidade de São Paulo (USP), do campus de Ribeirão Preto, indica um dos fatores que tornam a nova cepa do coronavírus mais contagiosa. Apesar da descoberta, ainda não é possível afirmar sobre o impacto da B.1.1.7 na gravidade da doença e nem as possíveis alterações na resposta imunológica ou na eficácia da vacina. A nova variante do Sars-CoV-2, detectada primeiramente no Reino Unido, já foi registrada em 17 países, incluindo o Brasil. A Secretaria de Saúde do estado de São Paulo confirmou na última segunda-feira, 4, os dois primeiros casos da cepa no país.
Segundo a pesquisa, a proteína spike da B.1.1.7 seria a responsável pelo maior contágio do vírus. A spike da nova cepa estabelece uma maior força de interação molecular com os receptores presentes na superfície das células humanas. Por meio da interação, o vírus se liga na célula para viabilizar a infecção, que causa a Covid-19. As interações moleculares mais fortes fazem com que o vírus entre mais facilmente na célula e comece a se replicar. O estudo confirmou a tese de mutação de um dos aminoácidos presente na proteína spike. De acordo com Geraldo Aleixo Passos, professor da universidade e coordenador do projeto, existem outras mutações no genoma da nova linhagem que ainda não foram analisadas.
Fonte: Jovem Pan