Irã diz que ‘ofertas irracionais’ dos EUA dificultam possibilidade de acordo nuclear

Negociador iraniano junto às organizações internacionais sediadas em Viena

Irã acusa os Estados Unidos de complicarem os esforços para reativar o acordo sobre seu programa nuclear, ao fazer ofertas que chamou de “irracionais”, que não satisfazem os dois países. “A cada hora, as negociações de Viena ficam mais complicadas sem uma decisão política dos Estados Unidos. A posição dos EUA sobre as principais demandas do Irã, junto com suas propostas irracionais e pressão injustificada para conseguir um entendimento rapidamente, mostram que os Estados Unidos não estão interessados em um acordo sólido que satisfaça ambas as partes”, tweetou o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Ali Shamkhani. Ele não detalhou as propostas dos EUA. O acordo ainda é dificultado por exigências russas feitas na última semana de que Washington garanta por escrito que penalidades não interfiram na cooperação militar e econômica entre os russos e os iranianos.

Durante vários meses, Teerã participou de negociações em Viena com as grandes potências mundiais para tentar salvar o acordo de 2015, que suspendeu as sanções ao Irã em troca de restrições ao seu programa nuclear, em troca de novo relaxamento das sanções internacionais, que incluem a exportação do petróleo produzido pelo Irã. Em 2018, durante o governo de Donald Trump, Washington se retirou do acordo e reimpôs sanções que estrangulam a economia iraniana. Em resposta, Teerã deixou de honrar seus compromissos.

Nesta quinta-feira, 10, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, afirmou que não desistirá de nenhuma de suas linhas vermelhas nas negociações em Viena. “O governo buscou vigorosamente a remoção das sanções nas negociações de Viena”, acrescentou. O Irã também disse que quer garantias de que nenhum futuro presidente dos EUA abandonará um acordo nuclear mais uma vez. Recentemente, a Guarda Revolucionária Islâmica do Irã (IRGC) colocou com sucesso um segundo satélite militar, o Noor 2, em órbita. Os EUA dizem que a mesma tecnologia balística de longo alcance usada para colocar satélites em órbita também pode permitir que Teerã lance armas de longo alcance, possivelmente incluindo ogivas nucleares. Teerã nega.


Fonte: Jovem Pan

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