Na primeira semana de trabalhos depois do recesso parlamentar, a CPI da Covid-19 vai focar na investigação sobre suspeita de corrupção na compra de vacinas. Em um primeiro momento, os senadores devem manter o foco na atuação da Davati Medical Supply e da Precisa Medicamentos, que intermediaram a compra dos imunizantes da AstraZeneca e da Covaxin, respectivamente. O calendário foi definido em uma reunião virtual que ocorreu na noite deste domingo, 25, da qual participaram o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), o vice-presidente, Randolfe Rodrigues (Rede-AP); o relator, Renan Calheiros (MDB-AL), além dos senadores Otto Alencar (PSD-BA), Eduardo Braga (MDB-AM), Humberto Costa (PT-PE), Simone Tebet (MDB-MS) e Eliziane Gama (Cidadania-MA), que integram o grupo majoritário do colegiado.
O primeiro depoente, no dia 3 de agosto, será o reverendo Amilton Gomes de Paula, que teria sido autorizado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro a negociar a compra de 400 milhões de doses da AstraZeneca com a Davati Medical Supply. A oitiva estava inicialmente agendada para o dia 14 de julho, mas foi adiado após o religioso alegar crise renal – ele apresentou um atestado médico e uma junta médica do Senado referendou o diagnóstico. No mesmo dia, os senadores pretendem votar requerimentos de convocação e de quebras de sigilo. No dia seguinte, será ouvido Francisco Emerson Maximiano, conhecido como Max, dono da Precisa Medicamentos, que está na mira da CPI da Covid-19 em razão da compra de 20 milhões de doses da Covaxin – na sexta-feira, 23, como a Jovem Pan mostrou, a Bharat Biotech, fabricante do imunizante, anunciou a rescisão do contrato com a Precisa e afirmou que os documentos enviados pela empresa ao Ministério da Saúde eram falsos. Na quinta-feira, 5, será a vez de Túlio Silveira, advogado e representante da intermediadora.
Fonte: Jovem Pan