O candidato à Presidência da Câmara, deputado Arthur Lira (PP), que também é líder do partido na Casa, não se declara como um candidato governista. “A minha candidatura é fruto do apoio do partido e do apoio de partidos que pensam parecido. Partidos de centro que sempre trabalharam para dar previsibilidade nas pautas necessárias. Não faço nem apoio ao governo e também não faço oposição de ocasião, quando é conveniente. Já deixei claro”, disse. “O presidente da Câmara tem que ser presidente de todos, o nosso compromisso é com o país. A nossa história no parlamento fala por si só. Candidato de Maia, candidato do Bolsonaro: o importante é construir perfis. O perfil do Arthur Lira, do Baleia Rossi, do Fábio Ramalho. O importante é ter uma Câmara independente, harmônica e sensível.”
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Lira afirmou acreditar que o principal desafio de 2021 é descentralizar o poder na Câmara dos Deputados e teceu críticas à atual gestão de Rodrigo Maia. “Quem votar na outra chapa vai votar na continuação da centralização do poder. E eu não defendo isso. A pauta é prerrogativa do presidente, mas deve ser aceitada por maioria. O presidente deve servir como mediador, como conciliador. O que nós precisamos é que, todos os partidos, mesmo com as dificuldades ideológicas, encontrem saídas para o crescimento do nosso país. Não existe candidato de A ou B. São versões colocadas e que, internamente, não estão funcionando. Disputa da Câmara não pode virar disputa de governador, presidente de partido e de líder sem consultar bancada.”
Fonte: Jovem Pan