Quem é Daniel Silveira, deputado preso por ataques ao STF

O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) foi preso na noite de terça-feira, 16

O deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), preso na noite de terça-feira, 16, após ter publicado um vídeo em suas redes sociais fazendo ataques, xingando e proferindo palavrões aos ministros do Supremo Tribunal Federal, tem 38 anos, é nascido em Petrópolis, no Rio de Janeiro, e se descreve, em sua biografia no Twitter, como “policial militar, conservador, bacharelando em direito, deputado federal, totalmente parcial e ideológico”. Nesta quarta-feira, 17, os ministros da Corte confirmaram, por unanimidade, a prisão de Silveira. Segundo documentos obtidos pelo The Intercept, em 2020, enquanto policial militar, foram 26 dias de prisão, 54 de detenção, 60 sanções disciplinares, 14 repreensões e duas advertências. Sua carreira política, iniciada em 2018, também é repleta de polêmicas. O policial foi eleito para o seu primeiro mandato com 31.789 dos votos. Ainda na campanha eleitoral, em 2018, Silveira apareceu ao lado do governador afastado, Wilson Witzel (PSC), e do deputado estadual Rodrigo Amorim (PSL-RJ), quebrando uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL).

Em 2019, o deputado e o colega Rodrigo Amorim protagonizaram mais uma polêmica. Os parlamentares entraram, sem autorização, no colégio Colégio Pedro II, em São Cristóvão, para fazer uma “inspecção” em nome da “Cruzada pela Educação”. No mesmo ano, o parlamentar apareceu em vídeo discutindo com o jornalista Guga Noblat, na Câmara dos Deputados. Na ocasião, Silveira arremessou o celular de Noblat no chão. “Arremessei. E aí, irmão? Te bati, babaca. Vai no STF e me processa. Tu é um babaca, rapaz”, respondeu o deputado após ser perguntado sobre o episódio em que quebrou a placa com nome de Marielle. No final de 2019, no café da Universidade Estácio de Sá, onde cursava direito, o polícia trocou “cusparadas” com uma mulher. Em vídeo divulgado do deputado, ele aparece perguntando se a moça é do PSOL. “Sim, do PSOL, partido dos direitos humanos, partido feminista”, diz a moça. O parlamentar responde: “Partido de maconheiros, vagabundo e narcoterrorista”. Em seguida, os dois trocam cuspes.


Fonte: Jovem Pan

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