O deputado federal Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara dos Deputados, e outras quatro pessoas viraram réus em um processo na Justiça Eleitoral que apura um esquema de pagamento de propinas e lavagem de dinheiro em contratos da Companhia Paranaense de Energia, a Copel. Conforme denúncia do Ministério Público do Paraná, o esquema envolveu a compra de duas empresas do setor de energia eólica, ambas que pertenciam à Galvão Engenharia. Os valores chegam a quase R$ 200 milhões. Segundo a promotoria, no período em que atuou como secretário estadual de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, no Paraná, Barros se valeu da influência na diretoria da Copel para intermediar o negócio. Somando os pagamentos em espécie e as doações irregulares, de acordo com a denúncia, o deputado recebeu mais de R$ 5 milhões no esquema. A denúncia foi oferecida no dia 13 de outubro e aceita pela terceira zona eleitoral de Curitiba no dia 17 de novembro. O processo corre sob sigilo. Ricardo Barros é acusado de lavagem de dinheiro, tráfico de influência e falsidade ideológica eleitoral. Segundo a defesa do líder do governo na Câmara, a denúncia não se sustenta e os depósitos citados pelo Ministério Público são lícitos e estão declarados no Imposto de Renda dele ou das empresas que possui.
Fonte: Jovem Pan