Preocupado com a queda de repasses de recursos para as universidades federais, que alertam para redução de quase R$ 1 bilhão nas verbas recebidas, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu abrir uma auditoria para analisar o motivo da redução, além de observar quanto custa, a quem beneficia e quais os resultados do ensino superior federal no Brasil. A proposta de auditoria foi feita pela procuradora-geral do Ministério Público, Cristina Machado. Ela admite que, em um momento de dificuldade orçamentária, é difícil decidir quem vai receber e quem ai perder recursos. “Sabemos que não cabe ao Tribunal fazer essa escolha. No entanto, entendemos que essa Corte pode e deve estar atenta a questões que possam oferecer riscos aos futuro da educação superior no país. Do contrário, podemos assistir a um verdadeiro apagão universitário, que pode repercutir na formação acadêmica de toda uma geração”, afirmou. O relator do processo, ministro Augusto Nardes, defende que é preciso ir além e avaliar como estes recursos estão sendo aplicados e quais os resultados são oferecidos à população brasileira.
“Que gente possa atualizar como está a situação das nossas universidades no que compete à pesquisa, no que compete a rentabilidade, a eficiência dos alunos que saem das nossas universidades. Existem países como os Estado Unidos que tem uma fundamentação maior no sentindo médio, não no superior”, disse. O ministro Walton Alencar também defendeu que é preciso entender o motivo da universidades federais consumirem tanto dinheiro público. Ele avalia que o estudo seja realizado e todo o sistema e ressalta como ponto perigos que muitas vezes a universidade acabe sendo utilizada como instrumento político. “As universidades brasileiras são o maior polo de consumo de recursos federais em cada um dos Estados da nossa federação. Ou seja, a União despeja nas universidades em cada Estado mais dinheiro do que despeja em qualquer outra atividade”, pontuou. Várias entidades estão alertando para o risco das universidades pararem por causa da redução dos repasses.
Fonte: Jovem Pan