Zé Trovão justifica greve dos caminhoneiros: ‘Mostramos que o dono do Brasil é o povo’

Zé Trovão, liderança dos caminhoneiros, concedeu entrevista exclusiva ao programa Pânico nesta sexta-feira, 10

Nesta sexta-feira, 10, o programa Pânico recebeu Marcos Antônio Pereira Gomes, o Zé Trovão, youtuber e liderança entre os caminhoneiros que paralisaram as estradas do Brasil esta semana. Em entrevista, ele falou sobre reunião com o presidente Jair Bolsonaro para negociação do fim das paralisações. “Decidimos pôr fim nas paralisações, com a ressalva de que, a partir de agora, estaremos atentos às ações tomadas por ministros, deputados e senadores. Liberaremos porque nós acreditamos que o que Bolsonaro nos prometeu vai acontecer. A janela do diálogo e do bom senso pode trazer uma estabilidade para os poderes, o que é o importante. Decidimos definitivamente que o povo brasileiro vai dar mais um voto de confiança ao presidente, que tem trabalhado brilhantemente pelo nosso país. Começamos com ordem, faixas liberadas para quem quisesse passar. Mas o processo se estreitou para ambos os lados, chegamos ao ponto que a polícia começou a usar truculência, tacava spray de pimenta e bala de borracha. A gente mostrou que o Brasil tem dono, e o dono é o povo. Não é de classes, é do povo brasileiro. Em nenhum momento a gente quis isso, mas a todo instante, como num vídeo, uma mulher grávida em Ponta Grossa apanhou de policial. Isso não vai ficar barato, nós vamos para cima. Quando usaram da força contra nós, mostramos que nós também temos força.”

Marcos está foragido no México desde a semana passada, após ter sua prisão ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, nas investigações de articuladores dos atos do dia 7 de setembro. Sobre isso, ele afirmou que não irá se entregar, pois os advogados e ele não têm acesso ao processo em seu nome. “Eu não estou foragido, vim para o México dia 27 para cumprir coisas e para resguardar minha vida, pois, antes de sair o mandado, eu já estava sofrendo muitas ameaças em redes sociais e grupos de WhatsApp. Pegavam meu número e diziam que iam matar a mim e minha família, precisei sair com minha família um local seguro. No meio disso, recebi a notícia que estava sendo procurado. A gente tomou as precauções para que essa prisão não acontecesse, porque ela é arbitrária, não tem lógica. Nem eu, nem meu advogado tivemos acesso ao inquérito, não sei do que estou sendo acusado, como vou me defender? Não aceito minha prisão. Não sou bandido, não sou fugitivo, não preciso disso, tenho quatro filhos para criar. Fui orientado a não aparecer enquanto não colocassem sobre o que eu estava sendo acusado. Eu acredito que nas próximas horas eu devo estar livre para voltar ao meu país e continuar minha luta, porque a luta não para. Não é porque liberamos as pistas que nossa luta acaba, o Brasil precisa caminhar e funcionar verdadeiramente.”


Fonte: Jovem Pan

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