Anvisa diz que não há estudo conclusivo sobre terceira dose das vacinas

Anvisa alerta que vai informar, assim que haja dados conclusivos, se e quando uma terceira dose será necessária

A discussão sobre a necessidade de uma terceira dose das vacinas CoronaVac e Pfizer começou depois do surgimento de variantes do novo coronavirus. Em um informe oficial, a agência confirma que não há evidências científicas suficientes para antecipar qualquer recomendação sobre terceira dose. No comunicado, a Anvisa também admite que não se sabe quanto tempo dura a proteção das duas doses (ou a dose única da vacina Janssen), nem se haverá necessidade de reforço com intervalos. Segundo a agência, especialistas e instituições como a Organização Mundial da Saúde dizem que os formuladores de políticas públicas de saúde precisam olhar para o cenário mais amplo quando estão considerando a possibilidade de oferecer doses de reforço, incluindo o fato de que muitas pessoas vulneráveis e profissionais de saúde podem não ter recebido sequer a primeira dose de uma vacina contra a Covid-19. Até o momento, ressalta a agência, todas as vacinas autorizadas no país mantêm proteção contra doença grave e morte, conforme os dados publicados.

A Anvisa alerta que vai informar, assim que haja dados conclusivos, se e quando uma terceira dose será necessária. E acrescentou que acompanha os estudos sobre as novas variantes e o impacto nas vacinas já utilizadas. Um estudo da universidade de Oxford realizado com 503 profissionais de saúde apontou que o intervalo ideal entre as duas doses da vacina contra a Covid-19 da Pfizer é de oito semanas. Aqui no brasil, esse intervalo é de 12 semanas — estratégia que vem sendo questionada com o avanço da variante delta no país. De acordo com especialistas, a redução no intervalo de aplicação agilizaria a vacinação no país. A pesquisa analisou a resposta imunológica à vacina Pfizer variando de um intervalo de dosagem de três a 10 semanas. O intervalo mais longo mostrou algumas vantagens: os níveis de anticorpos neutralizantes foram duas vezes mais altos com o intervalo de dez semanas do que com o de três semanas para todas as variantes, incluindo a delta; e o regime mais prolongado também melhorou a resposta das células t auxiliares, que suportam a memória imunológica. Uma desvantagem para o intervalo mais longo foi um declínio nos níveis de anticorpos entre a primeira e a segunda doses, em particular contra a variante delta.

*Com informações da repórter Camila Yunes


Fonte: Jovem Pan

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