Após roubo de celulares, criminosos fazem transferências, empréstimos e compras por aplicativos

Ladrões preferem os celulares abertos, ou seja, de pessoas distraídas no uso, ou de motoristas que estão com GPS em uso

Já foi o tempo em que os criminosos roubavam ou furtavam os celulares apenas com foco no aparelho, propriamente dito. Agora, os bandidos estão atentos aos aplicativos bancários que estão nos smartphones, limpando as contas das vítimas e deixando grandes prejuízos. Pelas delegacias é muito comum chegarem relatos de vítimas que, minutos após terem seu celular roubado ou furtado, quantias de dinheiro sumiram de suas contas. Há também casos de compras usando cartões de crédito e, até mesmo, empréstimos contratados. Os ladrões preferem os celulares abertos, ou seja, de pessoas distraídas no uso, ou de motoristas que estão com GPS em uso. Ainda assim, caso tenham que burlar a tecnologia, a união com hackers facilita a prática criminosa. Nem mesmo senhas e o reconhecimento facial são suficientes para barrar o crime.

Em entrevista à repórter Letícia Santini, o delegado Roberto Monteiro, seccional da Região Central de São Paulo, local de principal de atuação dos bandidos, conta que suas equipes não têm descansado para combater as quadrilhas. “No mundo moderno nós vivemos repletos de senha. É senha do banco, senha do aplicativo, senha do elevador do prédio, é senha para tudo. Então é muito comum que as pessoas deixem as senhas no celular. Isso acaba facilitando a vida de estelionatários que aproveitam a receptação do telefone para aplicar golpes a partir dessas senhas obtidas”, explica. Além da dor de cabeça com o furto ou roubo e com o sumiço do dinheiro, as vítimas também travar uma guerra com os bancos para reaver os valores. O delegado diz que a pandemia trouxe aumento de casos e reforça a importância do registro do boletim de ocorrência para mapearem os crimes e aumentar os índices de esclarecimentos.


Fonte: Jovem Pan

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