O relator da CPI da Covid-19, senador Renan Calheiros (MDB-AL), fez nesta terça-feira, 25, um texto apontando contradições nas falas da secretária da Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como “capitã cloroquina”, em depoimento à comissão. Em documento obtido pela Jovem Pan, Calheiros elenca antes mesmo do fim do questionamento da médica no Senado onze pontos sobre os quais ela teria dado falas equivocadas. Eles vão desde o tratamento precoce e isolamento social a informações sobre a plataforma do governo que indicaria o uso de hidroxicloroquina para pacientes.
Calheiros destacou a afirmação de Pinheiro sobre a realização do tratamento precoce por profissionais do mundo inteiro e apontou que ela é contraditada pela “recomendação da OMS em sentido contrário ao uso da cloroquina”. Ele disse, ainda, que a médica não levou à casa legislativa informações sobre estudos, pesquisas e publicações feitas na área de infectologia, que são lembradas por ela ao longo do depoimento; que Mayra afirma que a cloroquina é um antiviral – quando na verdade é um remédio para protozoários – e ressaltou pontos divergentes no depoimento dela sobre o aplicativo “Tratecov”, lançado pela pasta da Saúde. “Ela mesma se contradisse e contradisse Pazuello ao afirmar que a plataforma foi retirada do ar apenas para fins de investigação, sem que tenha havido deturpação (como declarou Pazuello) ou alteração (como ela mesma disse)”, afirma trecho do documento.
Fonte: Jovem Pan