A possibilidade de uma quarta dose de vacina contra a Covid-19 ser aplicada começou a ser debatida no Brasil, pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização da Covid-19 (Ctai), criada para ajudar o Ministério da Saúde a definir medidas de combate à pandemia. A informação foi confirmada por Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro da Ctai. A princípio, o público dessa quarta dose seria parte do que foi prioritário nas outras fases da vacinação: idosos e profissionais da saúde. Pessoas imunossuprimidas tem a recomendação para receberem a dose de reforço adicional desde dezembro, quatro meses após a segunda dose, a partir de uma portaria do Ministério da Saúde. Até o momento, o Brasil tem 70,2% da população vacinada com duas doses e 20,4% com três, segundo dados da plataforma Our World In Data, da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.
Contudo, a Ctai ainda discute se há a necessidade da aplicação da quarta dose e qual seria o intervalo desde a terceira. Até o momento, a quarta dose já foi adotada em Chile e Israel, e outros países, como Alemanha e Estados Unidos, discutem a possibilidade após a explosão de novos casos com a chegada da variante Ômicron. Um estudo realizado no Centro Médico Sheba, em Tel Aviv, capital de Israel, indicou que a quarta dose não impede a infecção pela nova cepa, mas detectou um nível maior de anticorpos após a aplicação. Nesta terça, 25, um painel consultivo do Ministério da Saúde israelense recomendou incluir todos os adultos na nova aplicação, cinco meses após a terceira dose, após pesquisadores israelenses analisarem resultados de efetividade que mostraram que aqueles vacinados pela quarta vez alcançaram de três a cinco vezes mais proteção contra doença grave (ou seja, hospitalização ou morte) provocada pelo coronavírus em comparação com quem recebeu três doses.
Fonte: Jovem Pan