Com festas de fim de ano, cresce 25% busca por testes para Covid-19

As aglomerações em centros comerciais, shoppings e bares, estão trazendo cada vez mais gente para dentro de clínicas particulares

Fim do ano chegou e com ele as festas de Natal e Ano Novo. Mas, em época de pandemia, fica a dúvida: reunir a família ou não? Por isso, muitas pessoas estão buscando laboratórios para fazer o teste que detecta a Covid-19, como é o caso da Camila França. “Por causa das festas de final de ano, como tenho pessoas idosas na família, pessoas com deficiência, entrei em contato com o laboratório, fiz o agendamento e vim aqui realizar o exame”, conta. Esta maior procura pelos testes do tipo RT-PCR, levou ao aumento de 25% nas últimas quatro semanas. Em alguns laboratórios, a alta foi ainda maior, chegando a 50%. As aglomerações em centros comerciais, shoppings e bares, estão trazendo cada vez mais gente para dentro de clínicas particulares, como conta a médica e diretora científica da Genoa, Katia Leite. “Houve uma procura pelo teste de PCR e, nesse primeiro momento, a gente entende que as pessoas estão procurando reunir a família em uma condição de segurança. Então reunindo a família sem nenhum caso positivo você faz uma reunião de maneira ais segura.”

O problema é que os resultados positivos para o coronavírus também aumentaram, com registro de 25% a 40% maiores no último mês, explica o médico patologista Luiz Câmara Lopes. “Talvez foi um aumento maior do que tivemos nos últimos quatro meses. Então a gente acha que essa segunda onda realmente está acontecendo. Muita gente que estava isolada acabou saindo do isolamento, eles abriram lugares comuns, principalmente restaurantes. Além disso, os espaços públicos que abriram também e parte da população não aderiu ao uso de máscara e distanciamento”, afirma. Além do RT-PCR existem outros tipos de exames capazes de detectar o RNA do vírus, como o sorológico, que identifica contato com o novo coronavírus. Além disso, especialistas alertas para os casos de falso negativo do RT-PCR, em que o paciente está infectado, mas realizou a coleta antes do tempo adequado, como explica médica Kátia Leite. “Se você apresenta sintomatologia a melhor data para a coleta é entre o segundo e o quinto dia, que seriam as data melhores. Para o indivíduo assintomático, você teria uma possibilidade de contaminação menor. Mas se ele estiver transmitindo o vírus, mesmo sendo assintomático, você vai identificar o vírus pelo PCR.”

*Com informações da repórter Mônica Simões


Fonte: Jovem Pan

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