O Conselho de Ética da Câmara adiou a análise de uma representação contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL). Deputados da oposição pediram e o colegiado volta a se reunir na quinta-feira, 8. O processo se refere a quando o filho do presidente Jair Bolsonaro afirmou, em uma entrevista, que se a esquerda “radicalizar” no Brasil a resposta do governo pode ser “via um novo AI-5”. A declaração foi dada em 2019, quando protestos de rua ocorreram em países da América do Sul, como o Chile.
As representações, protocoladas por PSOL, PT, Rede e PCdoB, alegam quebra de decoro parlamentar e pedem a cassação do mandato do deputado. Porém, o relator, deputado Igor Timo (Podemos), entendeu que não há justificativa para o processo continuar. “Denota-se que o representado não extrapolou os direitos inerentes ao mandato, atuando assim conforme prerrogativas que possui. Deve-se reconhecer, portanto, que não houve excesso de linguagem na medida em que o representado expressou sua opinião sobre o cenário político e social brasileiro.”
Fonte: Jovem Pan