Consequência do estresse, síndrome do coração partido afeta brasileiros

Pesquisa nos Estados Unidos mostra que o número de casos da síndrome aumentou de 1,7% para 7,8%

Dor no pito, falta de ar ou cansaço são alguns sintomas que surgem com grande estresse emocional. Nesse período de crise sanitária, muitas pessoas apresentam a síndrome do coração partido, que é bem parecida com o infarto. De acordo com cardiologista Iran Gonçalves Júnior, a tensão que envolve a pandemia, o medo de contrair o coronavírus e a ansiedade imposta pelas restrições podem desencadear a doença. “Com a pandemia, aumentou a procura no pronto socorro de pacientes que tem sintomas comparativos com infarto. Entram com falta de ar, dor no peito, mesmo alteração das enzinas cardíacas que a gente geralmente dosa. Além desses pacientes, os pacientes internados por Covid-19 em unidades de terapia intensiva podem apresentar os mesmos sintomas e sinais, inclusive com as alterações de eletro. Observando esses dados, muitos indo para cateterismo, a gente viu que as artérias coronárias eram normais em muitas ocasiões, o que é uma característica da síndrome do coração partido.”

O cardiologista explica que em situações de estresse ou forte emoção, o organismo passa a produzir mais adrenalina e assim altera o funcionamento do coração. “É uma descarga que faz mal para o coração, essa descarta é mediada pelas suprarrenais, que são glândulas que ficam acima do rins, mas é uma descarga imediata pelo sistema nervoso central. É um estímulo muito alto do que chamamos de hormônio do estresse, isso imita a síndrome coronária, causada por uma demonstração das artérias coronárias. Ela é mais comum em mulheres menopausadas”, explica. Os sintomas são temporários e dificilmente deixam sequelas. O tratamento da síndrome do coração partido é feito com medicamentos. Para a prevenção, a pratica regular já demonstrou eficácia no controle do estresse, que sobrecarrega o coração. Um pesquisa realizada nos Estados Unidos mostra que o número de casos da síndrome aumentou de 1,7% para 7,8%. Já a Sociedade Brasileira de Cardiologia criou um estudo inédito para a criação de um registro nacional sobre a doença, serão avaliados pacientes que tiveram síndrome antes e durante a pandemia.


Fonte: Jovem Pan

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