Se a requalificação do Vale do Anhangabaú, projeto que marcou a gestão de Bruno Covas (PSDB) no atual mandato, não foi muito exposta durante a campanha eleitoral por causa das polêmicas que gerou, a previsão para o próximo governo é de ampliar a vitrine com novos investimentos. E, se as propostas apresentadas pelo tucano forem concretizadas, a área da mobilidade é a que deve concentrar os mais visíveis canteiros de obras a partir de 2021. Quando estava próximo da eleição, Covas já havia intensificado o plano de reforma de calçadas que, em seu governo, foi assumido pela Prefeitura – nas gestões anteriores essa função era atribuída aos proprietários de imóveis. Para os próximos quatro anos, a previsão é alcançar 1,5 milhão de metros de passeios públicos revitalizados e ao menos R$ 140 milhões investidos.
Na campanha, o agora prefeito reeleito não especificou o valor total de seu plano, mas deu a entender que exigiria cerca de R$ 4,5 bilhões anuais para sair do papel. Até 2024, portanto, a soma chegaria a R$ 18 bilhões – valor acima dos R$ 12,2 bilhões aplicados em melhorias desde 2017. O valor inclui pagamento de precatórios, ou seja, não foi totalmente empenhado para melhorias. Para a próxima gestão, os 90 quilômetros de corredores de ônibus prometidos e o BRT da Avenida Aricanduva, na zona leste, devem exigir recursos de R$ 2 bilhões a R$ 4 bilhões, a depender do modelo escolhido e da necessidade de desapropriações para executá-los. É a cifra mais cara colocada no plano de governo atualizado pelo tucano ao longo da gestão.
Fonte: Jovem Pan