O mercado reage de forma positiva nesta quinta-feira, 10, com a sinalização do Banco Central em alterar a taxa básica de juros após manter a Selic em 2% ao ano na última reunião do Comitê de Políticas Econômicas (Copom) de 2020. Lá fora, investidores estão de olho no avanço de casos do novo coronavírus nos Estados Unidos e a expectativa pela autorização em caráter emergencial da vacina desenvolvida pela Pfizer. Às 12h50, o dólar recuava 1,99%, próximo da cotação mínima, a R$ 5,069. Na máxima, a divisa não ultrapassou a marca de R$ 5,131. A moeda dos EUA fechou na véspera com avanço de 0,87%, cotada a R$ 5,172. O bom humor também impulsiona a Bolsa de Valores brasileira. O Ibovespa, principal índice da B3, registrava alta de 1,48%, aos 114.670 pontos. O pregão de quarta, 9, encerrou com queda de queda de 0,70%, aos 113.001 pontos.
Os técnicos do Banco Central sinalizaram que a manutenção da taxa básica de juros da economia brasileira no patamar mais baixo da história deve ser revertido ao longo do próximo ano. O congelamento da Selic em 2% no último encontro do ano já era esperado pelo mercado, que aguardava pelo recado da trajetória futura da principal ferramente de controle da inflação. Ao contrário dos últimos encontros, a autoridade monetária nacional não indicou novas reduções na Selic nas reuniões futuras. Também conta no radar dos investidores o avanço de 0,9% no varejo em outubro, o terceiro avanço recorde seguido e sexto resultado positivo.
No cenário externo, o mercado aguarda pela reunião entre técnicos da Pfizer com a agência reguladora de medicamentos dos EUA (FDA, na sigla em inglês), que deve confirmar a liberação em caráter emergencial a imunização contra a Covid-19. O encontro estava previsto para esta quinta, mas foi transferido para amanhã, 11. Casos seja aprovado, a expectativa é iniciar a imunização antes de domingo. Os investidores também observam as negociações entre o Reino Unido e a União Europeia para formulação de um acordo ao Brexit. Novas reuniões estão previstas até domingo. Os mercados ainda observam a alta no número de mortes pelo novo coronavírus em diversas regiões dos EUA. Nesta quarta, mais três mil óbitos foram confirmados.
Fonte: Jovem Pan