O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que todas as pessoas que tomaram a primeira dose da CoronaVac no Brasil estão com a segunda dose garantida. “O Plano Nacional de Imunização (PNI) definiu um intervalo de 28 dias entre as duas doses e já reservou a segunda dessas pessoas. Além das 6 milhões já distribuídas, já foi solicitada a liberação de mais 4,8 milhões para a Anvisa. Ocorrendo isso, podemos entregar um quantitativo maior para reforçar o PNI.” Existe uma possibilidade de que os insumos chineses atrasem e, com isso, a produção de novas doses também — o que não interfere nas 10,8 milhões mencionadas.
Segundo Dimas, o motivo não seria político — mas sim a alta demanda mundial. Existe um um trabalho intenso para que isso não aconteça. “A Sinovac tem trabalhado intensamente para vencer toda a burocracia da China relacionada à exportação. Normalmente é um processo que leva de duas a três semanas para ser aprovado, mas a grande demanda de vacinas no mundo tem exigido um prazo maior. Não enxergo, neste momento, algum problema geopolítico que de alguma forma prejudique o país. Vejo uma burocracia pesada”, afirmou Dimas Covas. De acordo com ele, a matéria-prima já está pronta para ser encaminhada desde o início de janeiro.
Fonte: Jovem Pan