Falta de insumos pela pandemia afeta mercado de cervejas artesanais

Entre os itens com maior aumento está o malte, por exemplo, que subiu entre 40% e 50%

Gilberto Tarantino e mais dois amigos, Luciano Consentino e Isaac Deuth, fundaram a cervejaria independente “Tarantino”, em 2018. O negócio faz parte das 1.209 microcervejarias existentes no Brasil, segundo o Anuário de Cerveja 2019, do Ministério da Agricultura. O empresário Gilberto Tarantino relata que os negócios iam bem até a chegada da pandemia de Covid-19. “A gente vem sofrendo com a falta de insumos, por causa da pandemia, as fábricas pararam de produzir, ou não acreditavam que a retomada seria tão rápida. Então temos falta de papelão, de lata, de plástico, de tampa, de rótulos e até, às vezes, de fita para amarrar a caixa”, relata.

A crise de insumos para a produção de cerveja é mais uma consequência da pandemia. Além do aumento de preços de itens como caixas de papelão, latas, plástico e das matérias-primas, como malte e lúpulo, os empresários do setor de bebidas também enfrentam atrasos nas entregas e escassez de produtos. Segundo o presidente do Conselho da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal, Marcelo Paixão, o setor de cervejas artesanais enfrentava dificuldades, antes da pandemia, por causa do crescimento do número de cervejarias. E, neste ano, a situação se agravou. Uma caixa de papelão, que custava em torno de R$ 2, passou para R$ 6,40. O mesmo aconteceu com outro itens, além das matérias-primas, já que a maioria é vendida em dólar.


Fonte: Jovem Pan

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