O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Filipe Martins, foi absolvido nesta sexta-feira, 15, após ser acusado de fazer um gesto racista relacionado aos supremacistas brancos dos Estados Unidos. Durante uma audiência virtual em que o Senado ouvia o então ministro das relações exteriores, Ernesto Araújo, sobre a aquisição de vacinas contra a Covid-19, em 24 de março, Martins teria feito um gesto com a mão formando as letras W e P, iniciais de White Power (poder branco, na tradução literal), usado por grupos racistas norte-americanos. O juiz Marcus Vinicius Reis Bastos acatou argumentação do advogado João Manssur e considerou que não era possível estabelecer ligação entre o gesto de Martins e os que são feitos por extremistas.
“Pelo fato de não haver um único elemento que indique tal crime, senão a própria narrativa da autoridade policial e do Ministério Público Federal, que, conquanto mereçam todo respeito, não possuem força probatória em si. Não há como se presumir que o sinal feito pelo Filipe teria alguma conotação relacionada a uma ideologia adotada por grupos extremistas, e inexistem elementos contextuais que demonstrem tal intenção criminosa”, afirmou Manssur. Dessa forma, o juiz julgou improcedente a ação, “tendo em vista que o fato narrado, evidentemente, não constitui crime”.
Fonte: Jovem Pan