‘G7’ da CPI da Covid-19 está dividido sobre inclusão de Queiroga na lista de investigados

Queiroga prestou depoimento à CPI nos dias 6 de maio e 8 de junho.

Nesta sexta-feira, 18, o relator da CPI da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL), vai apresentar a lista de nomes que passarão da condição de testemunha a investigados pela comissão. Na relação, devem ser incluídos os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), o ex-chefe da Secom Fábio Wajngarten e a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, a “capitã cloroquina”. A inclusão do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, porém, ainda não está definida, porque não há consenso sequer no G7, grupo majoritário do colegiado formado por senadores independentes e de oposição.

No último dia 11, o emedebista já havia afirmado, na sessão que ouviu a microbiologista Natalia Pasternak e o ex-presidente da Anvisa Cláudio Maierovitch, que algumas autoridades ouvidas pela CPI seriam transformados em investigados. Neste caso, elas podem ser alvos de mandados de busca e apreensão, entre outras medidas judiciais. Segundo parlamentares ouvidos pela Jovem Pan, embora a inclusão de Queiroga na lista não possa ser descartada, o assunto deve ser tratado com delicadeza. O senador Humberto Costa (PT-PE) lembra que o ministro da Saúde pode ser chamado a depor pela terceira vez e, como investigado, teria o direito de ficar em silêncio para não produzir provas contra si mesmo. “Há razões para incluí-lo na lista, mas penso que poderíamos esperar mais um pouquinho. Com o avançar dos trabalhos, as razões [para incluí-lo na lista] vão se ampliar. Podemos precisar chamá-lo novamente. Ficar em silêncio, definitivamente, não vai ajudar”, disse à reportagem.


Fonte: Jovem Pan

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