Gorinchteyn reforça cobrança de Doria ao Ministério da Saúde: ‘Vacina tem que estar aplicada no braço do brasileiro’

No sábado, dia 5, será o Dia D da vacinação contra a Covid-19, com foco na aplicação de segunda dose

O secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, afirma que o Estado tem sido cauteloso no relaxamento das fases do Plano São Paulo e também ao adotar barreiras sanitárias para evitar o avanço da variante indiana da Covid-19 na região. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, a fase de transição foi mantida por mais algumas semanas porque os índices ainda estão elevados. Ainda assim, todo município tem total autonomia para realizar restrições maiores caso julgue necessário. Hoje, os leitos de UTI da grande São Paulo estão com ocupação de 79% e, no Estado, de 81%. Em 1º de abril, esse número era de 93% em ambas regiões. “É uma condição mais confortável, mas ainda merece atenção”, alerta.

De acordo com Gorinchteyn, o governador João Doria foi correto ao cobrar o governo federal sobre a distribuição das vacinas da Pfizer recebidas na quarta-feira, 2, que ainda não foram distribuídas aos Estado por causa do feriado de Corpus Christi. “Não se deve esperar para vacinar. Se chegou na quarta de noite, quinta-feira São Paulo tinha toda a estrutura para distribuir para todos os municípios. Nossa frustração foi que, frente ao feriado, não houve distribuição. Não podemos, de forma alguma, aceitar esse tipo de posição. Temos que ter vacinas e elas tem que estar aplicadas nos braços dos brasileiros.” Ele lembrou que o SUS é tripartite — tem atuação da União, Estados e munícios. “Se o Estado não recebe do governo federal, não tem como distribuir para os municípios. Chegou vacina, ela deve ser distribuída de forma imediata. Estado tem competência e dever de distribuir.”

Em relação ao chamado fungo preto, o secretário afirmou que o seu aparecimento está ligado a baixa imunidade causada por alguns medicamentos, como é o caso da quimioterapia para câncer e o uso de corticoides — muitas vezes utilizados no tratamento da Covid-19.  “No Brasil, ainda é algo incomum e infrequente”, completou. Gorinchteyn negou que o Brasil esteja em uma terceira onda já que nem saiu da segunda. “Por isso a segurança e orientação. Não podemos progredir ainda, temos que garantir a assistência à vida. Ainda estamos na segunda onda. Nas próximas semanas vamos avaliar o efeito das vacinas. Já vemos um efeito importante no que tange a diminuição dos números nas faixas etárias que já completaram duas doses.”


Fonte: Jovem Pan

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